quinta-feira, 9 de maio de 2013


São José entra na lista do ‘Bolsa Crack’ estadual

O funileiro C.R.J. mostra cachimbo usado para consumir crack em São José - 080513
O funileiro C.R.J. mostra cachimbo usado para consumir crack em São José - 
Programa contempla 11 cidades no Estado e libera recursos para o tratamento de 3.000 dependentes; Taubaté fica fora do benefício

São José dos Campos

São José dos Campos é uma das 11 cidades do interior de São Paulo e a única da RMVale contemplada pelo ‘Bolsa Crack’, do Programa Estadual de Enfrentamento ao Crack, a ser lançado hoje pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo.
O ‘Bolsa Crack’ no valor de R$ 1.350, denominado Cartão Recomeço, é uma parceria entre o governo do Estado e entidades especializadas, que prestam serviços de acolhimento, recuperação e trabalho de reinserção social de usuários de drogas às prefeituras.
Serão atendidos 3.000 dependentes químicos das 11 cidades contempladas. Somente em São José, segundo a Secretaria de Promoção da Cidadania, são 4.000 dependentes de crack. O Caps-AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) da cidade atende 900 usuários de drogas, dos quais 40% são usuários de crack.
Segundo o secretário de Estado de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, o cartão servirá apenas para custear as despesas de recuperação dos dependentes químicos que buscarem ajuda voluntariamente.
A duração do benefício é de até 180 dias e o valor será depositado na conta da instituição credenciada.
Seleção.
As entidades de acolhimento serão escolhidas por sua capacitação técnica e a triagem dos ‘candidatos’ apresentados voluntariamente será feita pelas prefeituras.
Para isto, será lançado um edital para que as instituições possam se inscrever a qualquer momento e ficar disponíveis para a coordenação local.
“Elas deverão apresentar regularidade de funcionamento e plano de atividades dentro do modelo social de recuperação”, disse o secretário estadual.
São José.
A previsão da pasta é que os primeiros atendimentos do ‘Bolsa Crack’ ocorram até 60 dias a partir de hoje.
O chefe de Divisão de Vulnerabilidade e coordenador do Programa de Atenção às Drogas de São José, Franklin Maciel, avalia positivamente o apoio do Estado no combate ao crack.
“A medida vem somar com as iniciativas do município para tentar diminuir o número de usuários da droga. É preciso entender que o processo de recuperação deve ser espontâneo. Existem muitos casos em que o paciente abandona o tratamento”, disse Maciel. 

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