quinta-feira, 9 de maio de 2013


BMW ganha esportividade entre cupês com o Série 6

 Avaliação. Série 6 não foi desenhada para ser um carro esporte. É grande demais e muito pesada. Características que atrapalham em trajetos de curvas fechadas e espaço limitado. O comportamento dinâmico chega até ser um tanto contraditório. As rolagens de carroceria são nulas, graças ao excelente conjunto de suspensão e amortecedores ajustáveis. A a direção também é precisa. Entretanto, a traseira parece sempre querer fugir do controle, principalmente com o piso molhado

Com redução de R$ 190 mil no preço, 650i é a opção para quem pode gastar com 'muscle cars'

Existem segmentos que fogem do padrão comum da indústria automotiva. No de cupês 2+2, por exemplo, a concorrência raramente é direta. Ou seja, cada marca tem uma proposta --e preço-- diferente para um conceito geral bastante semelhante.
As norte-americanas atacam com 'muscle cars' --Ford Mustang, Chevrolet Camaro, Dodge Challenger--, enquanto as alemãs de luxo apontam para junção de esportividade com requinte através de modelos GT, como Mercedes-Benz Classe E Coupé e Audi A5.
E nenhuma delas explicita mais a agressividade destes carros que a BMW. A Série 6, representante bávaro na disputa, traz os indispensáveis elementos de sofisticação, aliados a motores potentes, ótimo comportamento dinâmico e um design grandioso. Mesmo que não seja um superesportivo, é uma das maneiras mais arrojadas de encarar a estrada com alto nível de conforto.
A primeira geração da Série 6 foi bastante longa: durou de 1976 até 1989. Outros 14 anos se passaram até que a BMW decidisse ressuscitar a linhagem. Em 2003 surgiu a segunda fase do cupê, com o desenho polêmico de Chris Bangle.
A atual geração apareceu em 2011 e trouxe de volta o apelo estético do carro. Manteve as premissas básicas do modelo original, como o capô grande, e ampliou o requinte e o luxo. A proposta deu tão certo que em 2012 a BMW expandiu a linha com a Série 6 Gran Coupé, um cupê de 4 portas.

Brasil. 
Atualmente, a BMW só vende a versão top da Série 6 no Brasil. É a 650i, que em seis meses teve uma redução absurda de preço. Em outubro ela estava tabelada em R$ 577.200. Mas aí veio o Inovar-Auto e - talvez até mais importante - a chegada da versão Gran Coupe, maior e mais espaçosa. Agora, o cupê sai por R$ 386.950, uma queda de R$ 190 mil, ou 32%. Não chega a ser uma pechincha, mas certamente é um desconto impressionante.
O preço "mais em conta" só serve para valorizar ainda mais o recheio da 650i. Começando pela parte mecânica. O motor é um V8 4.4 biturbo de 413 cv entre 5.500 e 6 .400 rpm e excelentes 61,2 kgfm de torque disponíveis entre 1.750 e 4.500 giros. A transmissão é automática com oito marchas e feita pela também alemã ZF. O conjunto leva o cupê de insuspeitos 1.845 kg a 100 km/h em 4,9 segundos e atinge 250 km/h na velocidade máxima limitada eletronicamente.
O desenho é mais um destaque. As linhas, agora assinadas pelo iraniano Nader Faghihzadeh, são mais retas e suaves. E parecem apenas explicitar as grandes dimensões do cupê. Com 4,89 metros, o Série 6 é mais comprido que os utilitários X5 e X6, mas tem só 1,39 m de altura. Distância de entre-eixos de 2,85 m e largura de 1,85 completam as medidas.
A 650i é um dos carros mais modernos que a BMW produz atualmente. Seis airbags, ABS e controles de estabilidade e tração nem chegam a impressionar.
Itens exclusivos como câmara de visão noturna, três câmaras de estacionamento, suspensão adaptativa, sistema de entretenimento com tela de 10,2 polegadas e som feito pela Bang & Olufsen, head-up display e teto solar panorâmico, por outro lado, equiparam o cupê até ao sedã Série 7, modelo mais luxuoso da marca. Algo que expressa bem a personalidade do Série 6.

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